Entendendo a saciedade: atores e mecanismos

A saciedade é uma sensação fundamental para o sucesso de protocolos nutricionais. Ela é um processo de múltiplos fatores que tem início quando o alimento chega ao estômago e começa a preencher os espaços. A distensão do órgão é então comunicada, via nervo vago, ao tronco cerebral e hipotálamo, partes principais do cérebro associadas ao controle do apetite.

Mas esse é apenas um dos sensores que o cérebro usa para dar início à sensação de saciedade. Esse mecanismo, detalhado em um vídeo do TED-Education, também leva em consideração transmissores químicos produzidos pelas células endócrinas do sistema digestivo, que, por sua vez, são estimuladas por nutrientes específicos.

Hormônios da saciedade

Mais de 20 hormônios gastrointestinais participam da regulação do apetite. Um exemplo é a colecistoquinina, que é produzida no duodeno. Ao chegar ao cérebro, ela leva à redução da sensação de recompensa ao comer. Ela também desacelera o movimento do alimento do estômago para os intestinos. Assim, o estômago fica dilatado por mais tempo e reforça os sinais de que a ingestão foi suficiente.

Já a leptina atua em dois grupos de neurônios do hipotálamo. Ela estimula a atividade dos neurônios que atuam diretamente na inibição da fome, ao mesmo tempo em que inibe a atividade dos neurônios que produzem a sensação de fome.

Como todos estes processos não são instantâneos, é reforçada a recomendação de se alimentar sem pressa, para que a ingestão seja interrompida no momento correto. Além disso, vários nutrientes estão envolvidos nos mecanismos de regulação da saciedade.