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THE INTELLIGENCE IN FUNCTIONAL NUTRITION
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Embora sintomas como dor, ardência e vontade de urinar mais vezes ao dia possam estar relacionadas a algumas doenças, geralmente eles são indicativos de que podemos estar com uma infecção urinária.

CASO VOCÊ JÁ TENHA SIDO ACOMETIDO POR ESSA CONDIÇÃO, SAIBA QUE NÃO ESTÁ SOZINHO:

AS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITUS) AFETAM MUNDIALMENTE MAIS DE 150 MILHÕES DE PESSOAS. DADOS APONTAM QUE APROXIMADAMENTE:

EXPERIMENTAM PELO MENOS UMA ITU SINTOMÁTICA DURANTE A VIDA

Entre as mulheres, cerca de 25% sofrem de ITUs recorrentes, ou seja, ITUs que ocorrem duas ou mais vezes em um período de seis meses.

E POR QUE A MULHER TEM MAIS INFECÇÃO URINÁRIA?

Porque, em geral, a anatomia feminina tem um papel muito significativo no desenvolvimento de infecções no trato urinário.

Mas também existem outros fatores envolvidos:

VIDA SEXUAL ATIVA

Durante o ato sexual, existe um movimento constante de fricção entre os órgãos genitais, o que aumenta as chances das bactérias que estão na região perianal serem levadas em direção à uretra, podendo chegar à bexiga e causar infecção. Existe até um nome curioso para isso: cistite de lua de mel ou síndrome do namorado novo.

GRAVIDEZ

Na gestação, o fluxo de urina tende a se acumular no trato genital principalmente pelo aumento do volume do útero, que passa a comprimir as vias do aparelho urinário.

MENOPAUSA

Na menopausa, as alterações na microbiota e mucosa vaginal se relacionam com um maior risco de colonização vaginal por bactérias, facilitando o desenvolvimento da infecção urinária.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Resíduos de urina e esvaziamento lento da bexiga favorecem a ocorrência de infecção urinária.

IMUNIDADE BAIXA

Quando o organismo está com as suas defesas debilitadas, ele terá mais dificuldade em combater agentes externos, como as bactérias.

OUTROS FATORES

Segurar a urina por muito tempo acaba criando um ambiente propício para a multiplicação bacteriana; beber pouco líquido (fazer menos xixi dificulta a eliminação das bactérias); falta de higiene adequada (mais comum em crianças e idosos).

A BACTÉRIA RESPONSÁVEL PELA MAIORIA DAS INFECÇÕES URINÁRIAS (ITUS) É A ESCHERICHIA COLI (E. COLI). É ELA QUEM CAUSA DE 80 A 85% DE ITUS AGUDAS E NÃO COMPLICADAS.

E COMO ESSAS BACTÉRIAS AGEM NO TRATO URINÁRIO?

Uma vez no trato urinário, essas bactérias enfrentam uma enorme combinação de mecanismos de defesa que incluem o fluxo de urina e diversos fatores antimicrobianos. No entanto, quando a imunidade está mais baixa, essa defesa fica prejudicada, podendo dar início a uma inflamação na bexiga ou no trato urinário inferior, conhecida como cistite.

Ainda não ficou claro? Então vamos fazer uma comparação para facilitar.

O trato urinário reage à infecção bacteriana da mesma forma que o sistema respiratório reage ao vírus da gripe: os tecidos tornamse inflamados, irritados e inchados. Assim, da mesma maneira que é difícil respirar através de narinas inflamadas, também é difícil a passagem da urina pelos ductos urinários inchados e inflamados – condição que obstrui parcialmente o fluxo de urina e provoca dor quando fazemos xixi, um dos principais sintomas das infecções urinárias.

MAS COMO A INFECÇÃO URINÁRIA OCORRE DE FATO?

O primeiro fator que possibilita o desenvolvimento da infecção é a aderência das bactérias à mucosa do trato urinário, ou seja, elas se grudam nessa mucosa.

Isso acontece porque as bactérias têm “braços”, que são chamados de fímbrias. As fímbrias produzem um tipo de “cola” chamada adesina, que gruda na parede do trato urinário, deixando essa ligação ainda mais forte. Dessa forma, essas bactérias conseguem se multiplicar e produzir toxinas, causando danos às células dos tecidos.

E QUAL É O TRATAMENTO MAIS COMUM PARA A INFECÇÃO URINÁRIA?

Embora o tratamento padrão para as ITUs seja o uso de antibióticos, sabemos que o tratamento com esse tipo de medicamento pode causar efeitos não desejados, como a destruição da microflora benéfica (lactobacillus). Isso não é bom, já que pode causar a infecção oportunista por fungos (candidíase), além de favorecer a resistência bacteriana.

E o que acontece se as bactérias não são totalmente eliminadas?

Quando as bactérias causadoras da infecção não são eliminadas totalmente, elas geram mutações ainda mais resistentes e biofilmes (espécie de capa protetora) que dificultam a ação do sistema imunológico e dos próprios antibióticos, reiniciando uma nova infecção que pode ser ainda mais grave.

E de que forma podemos reduzir os efeitos colaterais dos antibióticos?

O uso de probióticos (lactobacillus – bactérias benéficas) é uma das estratégias para reduzir os efeitos colaterais adversos do tratamento com os antibióticos. Essa opção é excelente para restaurar o equilíbrio da flora intestinal após o tratamento com antibióticos ou depois de desequilíbrios imunológicos.

Mas você sabia que, além dos probióticos, existem outras opções naturais muito poderosas para a prevenção e o tratamento das infecções urinárias?

A opção natural mais conhecida é o cranberry, especialmente para prevenir infecções urinárias recorrentes. Essa fruta vem da América do Norte e está classificada como um dos 50 alimentos mais antioxidantes, além de possuir um papel muito importante na prevenção e no tratamento das ITUs.

O CRANBERRY POSSUI UMA SUBSTÂNCIA FLAVONOIDE COM POTENTE AÇÃO ANTIMICROBIANA – AS PROANTOCIANIDINAS (EM ESPECIAL, AS PACS TIPO A) – E O CARBOIDRATO D-MANOSE.

Caso você não conheça a D-manose, saiba que ela é um açúcar natural produzido pelo nosso corpo, mas também encontrado em vegetais (como o brócolis e a berinjela), em grãos (como o feijão e o feno-grego), e nas frutas como amora, maçã, pêssego e, em maior quantidade, no cranberry.

Em uma combinação inteligente com o cranberry, é possível impedir que as bactérias grudem nas paredes no trato urinário.

SAIBA MAIS

A BACTÉRIA E. COLI TEM DOIS TIPOS DE FÍMBRIAS (“BRAÇOS”): TIPO I E II:

TIPO I: SÃO SENSÍVEIS AO CARBOIDRATO D-MANOSE E RESISTENTES ÀS PROANTOCIANIDINAS.

TIPO II: SÃO SENSÍVEIS ÀS PROANTOCIANIDINAS E RESISTENTES À D-MANOSE.

Em vez de se ligar à D-manose da estrutura das nossas próprias células do trato urinário, essas bactérias se ligam à D-manose livre na bexiga, como se fosse uma isca.

Isso inibe uma competição, evitando a aderência e, consequentemente, o início da infecção. Uma vez ligadas à D-manose livre, as bactérias não conseguem aderir ao trato urinário e são expulsas da bexiga na próxima urina.

E como a combinação de cranberry + D-manose pode impedir essa aderência das bactérias ao trato urinário? Através das seguintes ações:

Ação das proantocianidinas: as proantocianidinas (PACs tipo A) presentes exclusivamente no tipo de cranberry americano se ligam às fímbrias tipo II das bactérias E. coli (resistentes à D-manose), evitando que elas se “agarrem” às paredes do trato urinário e, assim, sejam mais facilmente eliminadas.

Ação da D-manose: as células das paredes do nosso trato urinário contêm a D-manose em sua estrutura, sendo que as fímbrias do tipo I das bactérias E. coli possuem receptores (adesinas) compatíveis.

E o que acontece quando essas bactérias encontram uma grande quantidade de D-manose livre na bexiga?

ALÉM DO CRANBERRY AMERICANO, AS AMEIXAS, O AMENDOIM, O ABACATE E A CANELA TAMBÉM SÃO FONTES DE PACS TIPO A.

A UNIÃO FAZ A FORÇA

A descoberta do uso das fontes naturais de D-manose e PACs tipo A como antimicrobianos na infecção urinária é surpreendente porque ambas realizam essa façanha sem matar uma única bactéria. Isso é muito interessante, você concorda?

DIFERENTE DOS ANTIBIÓTICOS, QUE MATAM AS BACTÉRIAS INDISCRIMINADAMENTE (OU SEJA, TANTO AS MALÉFICAS, QUE ESTÃO CAUSANDO A INFECÇÃO; QUANTO AS BENÉFICAS, QUE ESTÃO NO INTESTINO), ESSAS SUBSTÂNCIAS NATURAIS NÃO INTERFEREM NA NOSSA MICROFLORA, E ISSO É UMA GRANDE VANTAGEM.

E não somos só nós que estamos falando isso: cada vez mais os estudos têm comprovado a eficácia do cranberry e da D-manose em manter a saúde do trato urinário. Por fim, além dessas opções naturais, medidas simples e eficazes podem ajudar muito na prevenção de infecções urinárias:

  1. Beber muita água (durante todo o dia) ou bebidas com ação diurética (chá-verde, hibisco, cavalinha, carqueja, erva-doce), pois isso ajuda a diluir a urina e a aumentar a excreção urinária.
  2. Urinar sempre que sentir vontade – não se deve “segurar” a urina.
  3. Para as mulheres, após urinar ou realizar suas necessidades fisiológicas, é preciso limpar sempre a região de frente para trás (e nunca o contrário!) e dar preferência ao uso de papel higiênico sem perfume. O uso de lenço umedecido também é uma recomendação eficaz, desde que não contenha perfume
  4. Evitar banhos de banheira
  5. Higienizar a área íntima antes e depois da relação sexual. Caso tenha à disposição, o uso de ducha higiênica é indicado.
  6. Evitar o uso de desodorantes íntimos, pois podem causar irritação.
  7. Dar preferência aos absorventes externos ou internos feitos de algodão.

CURIOSIDADE

A GRANDE MAIORIA DAS MULHERES NÃO SABE, MAS, ATUALMENTE, MENOS DE 1% DOS ABSORVENTES SÃO FEITOS DE ALGODÃO. SE VOCÊ FOR MULHER, PROCURE POR ESSE TIPO!

Agora você já sabe que é possível prevenir e também auxiliar o tratamento da infecção urinária com substâncias naturais. Essa informação é muito valiosa, principalmente para as mulheres, que são as que mais sofrem desse tipo de infecção ao longo da vida.

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